Baixo carbono no Nordeste

A Cimento Apodi mostra que o futuro da indústria de baixo carbono também nasce no Nordeste


 

De Fortaleza. Ludmila Vitorasso, ludmilavitorasso@ad2m.com.br da AD2M comunicação
Em um momento em que a 7ª Carta da Presidência da COP30 convoca o setor privado a “agir agora” diante da urgência climática, a Cimento Apodi, indústria com operação no Nordeste do Brasil, se destaca por transformar o discurso em prática. Com iniciativas que reduzem emissões, valorizam a economia circular e fortalecem parcerias pela descarbonização, a empresa prova que sustentabilidade e competitividade podem caminhar lado a lado, reposicionando a região como polo estratégico da transição industrial de baixo carbono.

A carta reforça que a transição para uma economia de baixo carbono não é apenas um dever ambiental, mas uma oportunidade de negócios e de protagonismo industrial. Isso é exatamente o que a Apodi vem colocando em prática. Na unidade de Quixeré (CE), por exemplo, a empresa já adota ações alinhadas à agenda climática global, como:

• Substituição de combustíveis fósseis por resíduos industriais e biomassa no processo produtivo, reduzindo as emissões de CO₂.

• Utilização de algoritmos de Inteligência Artificial - IA, que aumentam a produtividade e otimizam o consumo energético.

• Aproveitamento de resíduos da construção civil e de outros setores como insumos alternativos, impulsionando a economia circular e a redução de passivos ambientais.

• Monitoramento contínuo de emissões e investimentos em inovação, reforçando o compromisso com metas de descarbonização de longo prazo.

norte da indústria de baixo carbono


Ao integrar a agenda da COP30 em suas práticas, a Cimento Apodi mostra que o futuro da indústria passa pela sustentabilidade como eixo estratégico de crescimento. A empresa comprova que o desenvolvimento de baixo carbono pode gerar valor econômico, social e ambiental — posicionando o Nordeste no mapa global da transição energética.

Energia limpa e descarbonização: o sol como aliado


A Cimento Apodi investiu mais de R$ 25 milhões na construção de um parque solar próprio de 5 MWp em sua fábrica de Quixeré (CE), um dos maiores do setor cimenteiro nordestino. O projeto ocupa 90 mil m² e abriga 10.080 módulos fotovoltaicos, com capacidade para gerar 8.858 MWh por ano, o suficiente para suprir até 10% da demanda elétrica da unidade.

A iniciativa evita a emissão de aproximadamente 1.500 toneladas de CO₂ por ano e marca um avanço significativo na estratégia de descarbonização da companhia, alinhada ao Pacto Global da ONU e à Agenda 2030. “Acreditamos que o papel da indústria no século XXI vai além da produtividade: é preciso ser agente de transformação, equilibrando crescimento econômico com responsabilidade socioambiental”, ressalta o CEO da Apodi, Sergio Maurício.

O projeto também reforça a meta da empresa de alcançar 25% de autossuficiência energética até o final de 2025, sendo 18% por cogeração com gases quentes (Waste Heat Recovery - WHR), única indústria cimenteira das Américas a operar com essa tecnologia de cogeração de energia elétrica, e 7% via energia solar — resultado da combinação entre inovação tecnológica e eficiência operacional.

O sistema WHR permite o aproveitamento do calor residual do processo produtivo para geração de energia limpa, reduzindo emissões e ampliando a competitividade da operação — um exemplo concreto da transição energética no setor cimenteiro.

Coprocessamento e economia circular


Outro eixo fundamental da estratégia ambiental da Apodi é o coprocessamento de resíduos, tecnologia que substitui combustíveis fósseis derivados do petróleo, por materiais alternativos que seriam descartados — como pneus triturados, biomassa e rejeitos de outras indústrias.

O processo, realizado em fornos de alta temperatura, destrói resíduos de forma segura, reduz emissões de gases de efeito estufa e dá destino nobre a materiais que seriam destinados a aterros. Essa prática já garante 20% de substituição térmica, com meta de chegar a 25% até o fim de 2025.

“Transformamos o que seria resíduos em recurso industrial, dentro dos princípios da economia circular. Assim, reduzimos passivos ambientais e fortalecemos o ciclo sustentável da construção”, explica o CEO.

inteligência artificial (IA) a serviço do clima


A digitalização e o uso de inteligência artificial (IA) também fazem parte da jornada da Cimento Apodi rumo à eficiência e à redução de impactos ambientais.

O sistema Cement Mill Optimizer (CMO), baseado em IA, analisa 276 variáveis em tempo real, simulando milhões de combinações a cada 30 segundos para otimizar o desempenho dos moinhos e reduzir o consumo de energia nas plantas de Quixeré e Pecém.

Além disso, a empresa produz cimentos de menor intensidade de carbono, como os tipos CP III e CP IV, que utilizam escória siderúrgica e cinzas volantes — resíduos reaproveitados de outras indústrias que reduzem a necessidade de clínquer e, consequentemente, diminuem a pegada de carbono por tonelada de cimento.
 

descarbonização industrial


A Cimento Apodi também está em fase de estudos com o consórcio Ecofusion – Acelerador de Transição Industrial (ITA), voltado ao desenvolvimento de soluções tecnológicas para a descarbonização da indústria pesada.

O projeto prevê a instalação de gaseificadores na planta de Quixeré, capazes de gerar energia a partir de resíduos e substituir gradualmente os combustíveis fósseis.

A primeira etapa contempla um gaseificador piloto, e as fases seguintes incluirão novas unidades, com potencial para reduzir em até 10% as emissões por tonelada de cimento.

“O Nordeste também pode liderar a transição para uma economia de baixo carbono. A inovação industrial não é privilégio das regiões mais tradicionais”, afirma Sergio Mauricio.

Responsabilidade social e impacto positivo

Além das ações ambientais, a Cimento Apodi mantém programas sociais que fortalecem o vínculo com as comunidades de Quixeré e Pecém, localidades nas quais a companhia tem fábricas. Iniciativas como “Construindo o Saber”, realizado em parceria com o SESI, que apoia a conclusão do ensino fundamental e médio. Já foram formadas quatro turmas, três de ensino médio e uma de ensino fundamental, beneficiando diretamente 149 alunos da comunidade. Além disso, por meio da UniApodi, Universidade Corporativa da Apodi, foram disponibilizadas licenças de cursos em formato EAD também para a comunidade local, ampliando o acesso à educação continuada. Além do projeto “Embaixadores do Diálogo”, que forma líderes comunitários, e reforçam o compromisso da empresa com o desenvolvimento humano e territorial.

O programa de voluntariado corporativo e o investimento em espaços como a Casa Sociocultural de Bom Sucesso ampliam o impacto social positivo e ajudam a construir um legado sustentável.

nordestino na COP30


Ao unir energia limpa, coprocessamento, inteligência artificial e inovação social, a Cimento Apodi mostra que o Nordeste está na vanguarda da nova economia industrial. As práticas da empresa materializam, na prática, os pilares defendidos pela 7ª Carta da Presidência da COP30, ação imediata, cooperação entre setores e transformação da sustentabilidade em oportunidade de negócio.

“Estamos provando que é possível produzir com responsabilidade e impacto positivo. A sustentabilidade é o novo motor da competitividade industrial”, conclui Sergio Mauricio, CEO da Cimento Apodi.

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