Redes sociais capturam mais atenção do consumidor que a TV

O usuário passa mais tempo em plataformas sociais do que assistindo televisão

 

Redes sociais capturam mais atenção do consumidor que a TV aponta relatório

Por Lucas Siciliano
Em 08/08/2025

Conforme revela o relatório Digital 2025 July Global Statshot, produzido pela We Are Social e Meltwater, a atenção dedicada às redes sociais globalmente é hoje maior do que a da televisão. 

Usuários de internet gastam, em média, 13 horas e 48 minutos por semana em redes sociais e vídeos curtos, contra 10 horas e 15 minutos assistindo TV tradicional ou streaming, o que representa uma vantagem de 35% para os canais sociais na disputa pela atenção da audiência.

Youtube, Instagram e TikTok

A diferença é ainda mais marcante entre os jovens: mulheres de 16 a 24 anos passam impressionantes 19 horas e 46 minutos por semana navegando em redes como Instagram e TikTok — quase 2,6 vezes mais tempo do que as 7 horas e 14 minutos dedicadas à TV nesse grupo demográfico.

Fabio Gonçalves, diretor de talentos brasileiros e norte-americanos da Viral Nation e especialista com mais de dez anos no mercado de marketing de influência, comenta os motivos dessa migração de atenção.

“As redes sociais conseguem capturar o olhar do público porque oferecem interatividade, relevância espontânea e formatos dinâmicos que se adaptam ao comportamento do usuário. Os criadores de conteúdo dominam esse ambiente — criando narrativas reais, com linguagem autêntica e capacidade de engajar rapidamente. 

Além disso, é o próprio usuário que cria sua grade de programação assistindo somente o que lhe interessa, incluindo os próprios comerciais, que você pode consumir apenas alguns segundos e pular ou simplesmente não assistir. Já a TV, mesmo moderna, continua a ser um meio passivo, onde o espectador é receptor, não participante”, explica.

O relatório também destaca o forte crescimento dos vídeos curtos: 6 horas e 42 minutos por semana em conteúdo desse formato, contra 4h57 em vídeos mais longos na internet. 

Esse formato conciso se tornou preferência clara, especialmente entre gerações mais jovens e públicos que buscam consumos rápidos e imediatos.

Fabio ressalta que essa mudança estrutural reforça a necessidade de adaptação por parte das marcas, agências e creators: 

“A atenção hoje virou moeda — e ela está nas plataformas sociais. As marcas precisam investir em criadores que sabem entender a lógica do vídeo nativo, com storytelling autêntico e formato pensado para cada plataforma. 

Até mesmo se tratando de mídia paga, as campanhas precisam ser orgânicas e as marcas devem confiar na criatividade do creator para que a publi tenha um bom alcance e retenha a audiência. 

E as agências têm o papel estratégico de capacitar esses talentos, trazendo roteiro, dados, metas de conversão e alinhamento real com o público”.

Segundo ele, as agências devem atuar nesse novo paradigma atendendo desde a concepção das frentes de conteúdo até a mensuração dos resultados: 

“Na Viral Nation, vemos os influencers como protagonistas desse novo show digital. Eles são apresentadores, roteiristas e produtores. Prover estrutura criativa e comercial, e direcionar esse conteúdo para performance real dentro das redes, tem sido nosso foco. 

Assim, fortalecemos relevância, engajamento e resultados mensuráveis para marcas e creators”.

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